O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do Porto de Imbituba (SC) recebeu o grupo de pesquisadores da Unisul responsáveis pelo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) para uma apresentação da prévia de desenho do futuro do Porto de Imbituba. Segundo o presidente do CAP, Gilberto Barreto, o projeto, que está na etapa de diagnósticos, apresentará em sua conclusão uma proposta de planejamento do Porto e de sua integração com a cidade de Imbituba para os próximos 30 anos. 

De acordo com os arquitetos e urbanistas da universidade, representados por Silas Matias Azevedo e Fernanda Maria Menezes, o objetivo é integrar o Porto e sua área de influência através de um planejamento global, observando o que pode acontecer na região ao longo do tempo. Nesta etapa de diagnóstico foram consideradas a densidade populacional, o uso do solo, do sistema viário, acessos, pontos de conflito, transporte público, infraestrutura urbana municipal, características naturais e áreas de impacto e revitalização. 

Gilberto Barreto, que já participou de projetos semelhantes em Recife, Suape, Salvador, Ilhéus e aqui mesmo em Imbituba, na urbanização do porto nos anos 80, explica ainda a vantagem de se ter em um mesmo grupo de planejamento especialistas em gestão e engenharia portuária, técnicos da Prefeitura e professores da universidade, afirmando que esta apresentação serve para informar os conselheiros sobre o andamento do projeto do PDZ, suas características e conseqüências. “A Unisul foi contratada para garantir que predominassem o interesse coletivo e de planejamento urbano para o Porto, integrado com o Plano Diretor do Município. O objetivo do PDZ é planejar o crescimento do porto, que já se mostra evidente, de maneira a não termos no futuro problemas típicos de cidades portuárias”, afirma. 

Jeziel Pamato, Administrador do Porto de Imbituba, acredita que o PDZ está no caminho certo, afinal o desenvolvimento sustentado necessita de planejamento em longo prazo. “Os dados apresentados pelos urbanistas foram muito interessantes e esclarecedores. Podemos perceber que Imbituba ainda precisa melhorar em muitos aspectos para estar devidamente preparada para receber o movimento de cargas, veículos e pessoas que o Porto irá trazer. Estamos elaborando o PDZ contando com o apoio dos melhores especialistas no setor e com isso podemos afirmar que após a conclusão do Plano contaremos com a ferramenta ideal para termos certeza dos rumos que poderão ser traçados para o Porto de Imbituba e seu entorno”, pontua. 

O objetivo é criar um bom desenho urbano que minimize os problemas, propondo um projeto de transformação para a cidade de Imbituba, resgatando a relação entre o Porto e a cidade com desenvolvimento sustentável. Dentro disto, propor critérios de orientação e ocupação dos espaços existentes em um estudo macro que inclui a área em que o Porto atua e a área de expansão. 

Entre as principais preocupações estão a preservação do meio ambiente e da paisagem, visando a qualidade bioclimática dos espaços livres e edificados, propondo ações que integrem e otimizem os processos relacionados a atividade portuária. Estas medidas produzem qualidade de vida para os usuários do Porto, sejam internos ou externos. Em etapas seguintes serão estudadas a possibilidade de integração de um porto pesqueiro, um porto de lazer e um porto turístico. 

O porto pesqueiro se justifica no atendimento à comunidade vizinha ao porto. O porto de lazer cria centenas de novos postos de trabalho no atendimento aos barcos de recreio, como lanchas e iates que trafegam nos mares do Sul do Brasil e o porto de turismo, para atender a crescente demanda dos cruzeiros marítimos, conclui o presidente do Conselho.