Já se vão 204 anos desde que Dom João VI assinou, na Bahia, a carta régia que abriu os portos do Brasil ao comércio internacional.
Era 28 de janeiro de 1808, apenas quatro dias depois de sua chegada à Bahia, escapando das tropas napoleônicas que invadiram Portugal. Embora fosse a Inglaterra a principal beneficiada, para muitos historiadores, a quebra do Pacto Colonial, que permitia o comércio apenas com Portugal, foi a primeira independência do Brasil.
Este fato demonstra a importância do comércio exterior e da estrutura portuária para a soberania de uma nação, especialmente da nação brasileira, com metade de suas fronteiras abertas ao mundo nesta parte setentrional do Atlântico. Dos pequenos trapiches de madeira de mais de dois séculos atrás, evoluímos para uma densa malha de 37 portos públicos, marítimos e fluviais, e mais de 60 terminais de uso privativo.
Não poderia ser outra a data comemorativa do Dia do Portuário, de todos os portuários, sejam trabalhadores avulsos, empregados de todas as categorias, rodoviários e ferroviários, das agências de navegação, fornecedores e prestadores de serviços, até os servidores federais e tantos quantos contribuem com sua dedicação para a pujança econômica dos portos brasileiros. No caso especial de Imbituba, de todos os que contribuíram para a superação da crise passada e agora, na nossa hora e vez, serão o diferencial competitivo para que o “efeito Imbituba” mais uma vez sacuda o mercado portuário do Sul do Brasil.